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Sexo, Mentiras e Feminismo por Peter Zohrab

O tradutor: Jacinto Castanho

CAPÍTULO 2: CIRCUNCISÃO versus  OPÇÃO

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Como foi definido pela Organização Nacional Africana de Centros de Informação e Pesquisa para a Circuncisão (NOCIRC), a circuncisão é a remoção cirúrgica (corte) da pele que normalmente cobre a glande (cabeça) do pénis.

Este capítulo é dedicado apenas à circuncisão de recém-nascidos, isto é, a remoção do prepúcio das crianças, porque aqui os pais tomam uma decisão em representação de alguém que é demasiado jovem para tomar uma decisão por si próprio. Uma vez adulto, um homem poderá presumidamente ser capaz de decidir por si próprio se ter sido circuncidado lhe proporcionou uma opção que foi já tomada pelos seus pais! Os defensores do aborto também usam a palavra “opção” para permitir às mulheres matar os seus filhos ainda não nascidos, e aqui nós estamos a falar somente sobre permitir que a um criança se tire parte da sua própria anatomia numa operação dolorosa. 

De acordo com o NOCIRC, os médicos dos países de língua inglesa começaram a circuncisar bebés a meio do século XIX “para evitar a masturbação”, a qual alguns médicos diziam ser a fonte de muitas doenças, incluindo a epilepsia, tuberculose e loucura. Os médicos têm dado outras razões a partir daí, mas todos eles, incluindo aqueles que dizem que a circuncisão previne o cancro do pénis, o cancro do colo do útero e doenças venéreas, têm sido contestados de acordo com o NOCIRC.

A circuncisão masculina está mais vulgarizada no mundo que a sua equivalente feminina. Tal como a circuncisão feminina, a circuncisão masculina é normalmente praticada por questões religiosas e culturais. No entanto é a circuncisão feminina que é mais publicitada nos meios de comunicação social ocidentais. As feministas estão bem determinadas, mas apenas contra a Mutilação Genital Feminina (FGM), e quando interrogadas sobre a Mutilação Genital Masculina (MGM), desdenham simplesmente que “é apenas um pequeno pedaço de pele” ou que “ não é um assunto das mulheres”. A sua atitude, é ela própria um assunto dos homens. A circuncisão masculina é uma mutilação genital, e deve ser combatida por todos os que se opõe à circuncisão feminina.

 

 Porquê a Circuncisão?

De acordo com o Dr. Brian Morris, a circuncisão tem prós e contras, mas ele é um forte apoiante da sua prática. (consultar www-personal.usyd.edu.au/~bmorris/circumcision.shtml) Gostaria de levantar dois assuntos de carácter geral antes de discutir os seus argumentos em detalhe:

1.  Como alguns dos seus argumentos têm a ver com os benefícios da circuncisão masculina para as mulheres, são irrelevantes. Afinal de contas, quantos argumentos existem sobre a saúde das mulheres que tenham a ver com os efeitos nos homens? Nenhum!

a)      Os seus argumentos sugerem que a circuncisão é o tratamento natural e normal nas crianças masculinas, e a sua preocupação é como abolir uma prática estabelecida. Um anti-circuncisionista pode preferir começar por fazer tabula rasa e perguntar porquê havemos de querer perpetuar uma prática que, como um sacrifício animal, surge de um mito ou superstição. Devemos olhar para o assunto de um modo objectivo, e exigir que este procedimento cirúrgico se justifique a ele próprio.

Agora, então, as razões do Dr. Morris, juntamente com os meus comentários sobre elas:

A maior desvantagem do prepúcio é que ele cria um ambiente não saudável entre si e o pénis, onde células mortas, secreções, urina e bactérias proliferam, podendo surgir infecções, mesmo que a zona seja lavada com regularidade. Mas o mesmo acontece com o hímen, e ainda nenhum médico ousou sugerir que se deveria remover de forma rotineira o hímen à nascença.

Outra razão é que o prepúcio torna a pele do pénis por baixo mais fina e húmida (em comparação com a mesma área de pele num pénis circuncidado), o que representa uma barreira mais fraca contra as infecções. Mas o pénis intacto é mais sensível à estimulação erótica.

Outro problema é que o prepúcio aumenta a área superficial da pele, e assim aumenta a probabilidade de uma infecção a penetrar. Este mesmo ponto pode ser usado para sugerir uma diminuição cirúrgica do tamanho de todos os pénis para um tamanho uniforme e medicamente determinado como óptimo. Mas quantos homens, para não mencionar as mulheres, concordariam com isto? Por outro lado o relativamente frouxo prepúcio é mais propenso que o pénis circuncidado a sofrer danos durante a penetração, permitindo que a infecção entre na corrente sanguínea. Certo, mas o mesmo pode ser dito relativamente aos lábios menores e as culturas ocidentais não referem qualquer corte nos genitais femininos como mutilação.

Fazendo esta operação mais tarde causa ao paciente preocupações que podem ser evitadas, diz ele. Mas pelo menos permite ao indivíduo optar. Opção para os homens não circuncidados! Tendo a sua operação mais tarde também aumenta a probabilidade de ficar com uma cicatriz visível. Novamente, é (ou poderá ser) uma opção individual — uma vez que já é suficientemente maturo para entender as implicações.

O Dr. Morris diz que não estão demonstrados quaisquer efeitos psicológicos negativos da circuncisão e a dor causada pela operação pode ser evitada usando anestésicos. O NOCIRC, o NOHARM e outros grupos anti-circuncisão, no entanto, citaram estudos indicando que os homens circuncidados tendem a ser mais agressivos que os intactos, o que pode contribuir para comportamentos anti-sociais.

Ele defende também que o “smegma” – a película de células mortas da pele, bactérias, etc., sob o prepúcio – produz um odor que algumas pessoas consideram ofensivo. Os órgãos genitais da mulher de todas as idades também têm “smegma”, e ainda ninguém sugeriu que se deveriam cortar os lábios da vulva para o evitar, apesar de também algumas o considerarem ofensivo.

          Há por vezes problemas físicos, incluindo infecções, que podem ser prevenidas ou minoradas através da circuncisão. Estas são, normalmente, roturas no prepúcio causadas pelos pais quando tentam lavar o pénis das suas crianças. A formação aos pais pode evitar este inconveniente. O prepúcio pode ser entalado no feixo das calças quando o rapaz se veste. No entanto, por vezes as crianças entalam os seus dedos nas portas e nunca ninguém pensou amputar-lhes os dedos por prevenção. Os idosos nas casas de repouso – especialmente se sofrerem de Alzheimer – são mais fáceis de cuidar. Sem dúvida, e os doentes lobotomizados são também mais fáceis de cuidar. Este é um argumento desumano e cruel.

          O Dr. Morris diz que em 1982 foi noticiado que 95% das infecções do aparelho urinário em rapazes com idades compreendidas entre 5 dias e 8 meses se davam em rapazes não circuncidados. No entanto, isto apenas afecta 3 em cada 100 000 rapazes, ou seja isto não é um factor que se deva em ter em conta. O cancro do pénis ocorre quase exclusivamente em homens não circuncidados dos Estados Unidos. No entanto a incidência é mais baixa que o cancro da mama entre as mulheres, ou seja, por esta lógica devemos remover tecido mamário das bebés, como medida preventiva!

          Foram feitos estudos em que as mulheres preferem o cheiro e a imagem de um pénis circuncidado – especialmente para sexo oral. Por esta lógica também, se a maioria dos homens preferem ver e sentir seios cirurgicamente aumentados, deveríamos forçar todas as mulheres a fazer implantes mamários. Mais uma vez, é irrelevante e ofensivo usar os desejos das mulheres como argumento para um procedimento cirúrgico compulsivo nos rapazes, é uma violação aos seus direitos civis.

          Há aparentemente uma indicação de que homens não circuncidados têm um maior risco de sofrer de disfunções sexuais. Penso que aqui o Dr. Morris se refere e ejaculação prematura. No entanto, eu tenho também ouvido falar de homens que devido à circuncisão involuntária ficaram tão insensíveis que surpreendem as suas companheiras começando a falar durante o acto sexual. Deste modo parece que a circuncisão produz um dano de tal ordem à sensibilidade sexual dos homens que contrabalança qualquer possível benefício para as mulheres no sentido de estas atingirem mais facilmente o orgasmo.

          O Dr. Morris refere que apenas uma pequena proporção de rapazes sofre de doenças causadas pela própria operação de circuncisão, citando um estudo de Wiswell:

          Num estudo que efectuou com 136000 rapazes nascidos nos hospitais das forças armadas americanas entre 1980 e 1985, Wiswell verificou as taxas de complicações sexuais em circuncidados e não circuncidados. Em 100000 que foram circuncidados, 193 (0,19%) tiveram complicações, sem nenhuma morte, mas em 36000 que não foram circuncidados as taxas de complicações foram de 0,24% incluindo 2 mortes.

Este estudo não é conclusivo, visto que não foi feita qualquer menção a outros factores, tais como o grupo socioeconómico. É perfeitamente possível que o grupo circuncidado pertencer a uma categoria socioeconómica mais elevada e, por isso, menos propensa a desenvolver complicações.

O Dr. Morris critica a NOCIRC pela comparação da circuncisão masculina e feminina. Defende que a circuncisão feminina é análoga à remoção completa do pénis. De facto, mesmo a remoção do clitóris (que é apenas uma das formas de circuncisão feminina), continua a permitir à mulher a função reprodutora, enquanto a remoção do pénis ao homem impede a sua reprodução natural. O prepúcio contém muitas das terminações nervosas do pénis, ou seja, o clitóris e o prepúcio têm funções semelhantes: A estimulação.

          O Dr. Morris acrescenta posteriormente que “os homens não circuncidados têm uma incidência de cancro na próstata que é o dobro à dos homens não circuncidados”. No entanto, pode ser que na América os mesmos grupos étnicos que mais circundam os seus filhos são os que têm menor incidência de cancro da próstata. Esta hipótese é apoiada pelo facto de que “na América, a NHSLS notou as maiores taxas entre os brancos e com melhor educação.”

          “Alguns estudos comprovam taxas mais altas de cancro no colo do útero em mulheres que tiveram um ou mais parceiros sexuais não circuncidados”, diz ele. Penso que é absurdo permitir que um problema de saúde das mulheres determine o comportamento dos homens mais do que um problema de saúde dos homens determine o comportamento das mulheres.

          Há indicações de que a circuncisão reduz o risco de contracção de SIDA quando não é usado preservativo durante a relação sexual. No entanto, estas “indicações” têm pouco peso quando os médicos encorajam o uso de preservativo como meio mais seguro de ter relações sexuais.

          O Dr. Morris admite que a circuncisão tem realmente alguns riscos, tais como sangramento excessivo, infecções, a possível necessidade de cirurgia adicional, bloqueamento do nervo dorsal do pénis e morte. Mas não considera qualquer destes riscos sério ou frequente.

 

Conclusão

             A questão da dimensão dos vários riscos e benefícios da circuncisão continuará a ser obviamente controversa. No entanto, nenhum dos riscos ou benefícios considerados parece ser de grande importância para os homens. Sendo assim, a questão dos direitos humanos deverá prevalecer. Por outras palavras, o homem deverá poder optar se pretende ou não esta operação irreversível, o que significa que não deverá ser feita, pelo menos, antes que atinja a adolescência.

          É importante salientar que esta operação não é completamente reversível. O prepúcio pode ser restaurado como forma de cobrir a glande, no entanto, as terminações nervosas não podem ser substituídas. Dado que a minha posição aqui é filosófica, pode ser possível argumentar com razões de natureza religiosa para ultrapassar estas considerações sobre direitos humanos, caso os pais sejam judeus ou muçulmanos. De qualquer modo, não sou muito complacente neste ponto.

 

Prefácio à edição portuguesa

Prefácio

Introdução: O que é o feminismo?

1 – Narcisismo feminista e poder político   

2 – Circuncisão versus opção

3 – A educação mentirosa

4 – Mentiras, danadas mentiras e as estatísticas das Nações Unidas 

5 – Questões de emprego e a mentira de que “as mulheres podem fazer qualquer coisa”

6 – Acusações falsas e a mentira do abuso das crianças  

7 – As mentiras da violência doméstica; o homem num beco sem saída

8 – A Mentira do sistema judicial masculino

9 – Aborto e direito de optar

10 -- Violação: ter a faca e o queijo na mão

11 – Linguagem sexista: pensará satanás que é homem?

12 – A mentira da igualdade

13 – Endoutucação pelo complexo meios de comunicação social / universidade

14 – A fraude do domínio masculino

15 – Manifestações do feminismo

Notas

Bibliografia

Fontes na Internet

FAQ

Webmaster

Peter Douglas Zohrab

Latest Update

19 June 2015

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