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Sexo, Mentiras e Feminismo por Peter Zohrab

O tradutor: Jacinto Castanho

CAPÍTULO 4: AS MENTIRAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: O HOMEM NUM BECO SEM SAÍDA

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Introdução

 

Eis um interessante artigo de jornal:

          O martelo fez ricochete: Na noite passada uma mulher com graves perdas de sangue na cabeça foi assistida no hospital após ter agredido o seu marido com um martelo, ... referiu a polícia. O seu marido levantou um caixote de lixo e o martelo fez ricochete, atingindo a mulher na cabeça, não lhe sendo atribuídas culpas.(1)

Esta notícia foi publicada em letras pequenas e escondida numa página interior do jornal. Se tivesse sido o homem quem sofresse como resultado de ter tentado agredir a sua esposa, a notícia teria tido honras de primeira página em grandes letras! Um tipo semelhante de artigo publicado noutro jornal neozelandês (propriedade da filial de Wellington da Australian Associated Press) em 29 de Novembro de 1999 refere:

               Tesoura na cabeça: No fim de semana uma rixa doméstica deixou um homem de New South Wales com uma tesoura espetada na cabeça, atingindo o cérebro numa profundidade de um centímetro. O homem, de 24 anos, que continuou consciente, foi levado de helicóptero de Bathurst para Sidney a fim de ser submetido a intervenção cirúrgica.

O que é espantoso neste artigo é que não foi mencionado quem foi o agressor, o que me deixa a certeza de ter sido uma mulher. Também não mencionou qual a acção que a polícia tomou contra o agressor, se é que tomou alguma. Se o agressor tivesse sido um homem e a vítima uma mulher, o artigo teria sido escrito de maneira diferente, com ênfase na odiosidade do acto e do agressor.

A mesma abordagem da história foi feita pelo Sydney Morning Herald no mesmo dia. Quando poucos dias depois telefonei à Australian Associated Press, não tinham qualquer registo do referido artigo visto que apagam todos os registos electrónicos após dois dias. Parece claro que as feministas (quer sejam homens ou mulheres) em posições influentes (tais como jornalistas) abusam da sua influência, ajustando a informação de modo a satisfazer os seus objectivos políticos. Deste modo ocultam a informação que representa as mulheres como agressores e os homens como vítimas de violência doméstica, de tal modo que o público é muito mais susceptível de ser enganado pela propaganda tendenciosa proveniente de fontes nitidamente feministas.

          Como explico algures (por exemplo, capítulo 13), os meios de comunicação são fortemente tendenciosos a desfavor do homem. Como outro exemplo, publicado por todo o mundo foi o caso da célebre cantora, Withey Houston, que anunciou publicamente, ter sido ela que bateu no seu marido, e não o contrário. Foi publicado que o seu marido foi preso por ter batido em outras mulheres, mas nunca se viu uma sugestão de que Witney Houston deveria ser presa por ter batido no seu marido. É que acima de tudo ela é uma mulher!

          Estatísticas objectivas mostram que homens e mulheres batem-se em proporções iguais. Veja-se a extensa e anotada bibliografia de Fiebert em www.csulb.edu/~mfiebert/assault.htm. Na página 237 do Handbook of Family Violence, editado por Vincent B. Van Hasselt (Plenum, 1998), Steinmetz e Lucca referem que os homens são agredidos pelas mulheres numa proporção de 1,47:1. Do mesmo modo o Guardian Weekly, em Fevereiro de  1999, refere um estudo do British Home Office  em que mostra que “os homens ... são tão agredidos como as mulheres pelas(os) seus cônjuges.” Num estudo feito na Nova Zelândia, também foi visto que homens e mulheres se agridem com a mesma frequência.

          Quando os jornalistas falam em parcialidade dos meios de comunicação, focam-se nas irrelevantes tendências políticas dos seus proprietários. Os jornalistas raramente se criticam a eles próprios. Os proprietários dos meios de comunicação, no entanto, estão mais interessados em fazer dinheiro do que em fazer valer algum ponto de vista em particular. Os editoriais e os artigos principais podem, em alguns casos, apresentar um tom conservador, mas é a selecção e o realce das notícias anti-masculinas (tais como os itens sobre violência doméstica) e a cobertura tendenciosa, usando o calão feminista, por jornalistas mandados que constitui a imprensa tendenciosa mais influente. Porque a tendenciosidade de um artigo não é tão óbvia num editorial ou num artigo de capa, o cidadão comum sente maior relutância em opor-se-lhe no todo ou em parte.

          Num relatório de 1999 sobre averiguações jurídicas dos congressistas americanos sobre actos violentos contra as mulheres (VAWA), Stuart Miller escreveu, dirigindo-se à liga americana de pais e crianças:

Mais tarde, a imprensa apenas entrevistou os advogados das mulheres agredidas e recusou-se a aceitar qualquer estudo ou comentário que não conduzisse à “necessidade” de mais dinheiro para a VAWA .... Um repórter arregalou os olhos perante o pensamento de que nenhum homem tinha sido privado dos seus filhos devido a alegações falsas ... e escarneceu dos homens que sugeriram tão “absurda ideia”.

Vamos examinar estas questões com algum detalhe. Sommers (“Who stole the feminism?”, Christina Hoff, 1994, pág. 10) refere:

Nas últimas duas décadas, ... o estudo da violência conjugal tornou-se sinónimo do termo “abuso da mulher” ... A razão para este nome tendencioso deve-se à ênfase que tem predominado no abuso do homem sobre a mulher devido à maior visibilidade das mulheres como vítimas de violência familiar ... o movimento dos sem abrigo tornou isto possível aos investigadores colocando prontamente à disposição uma amostra de mulheres desejosas de testemunhar o abuso que sofreram.

A violência doméstica é uma arma do arsenal feminista. O feminismo é actualmente uma indústria auto-sustentada no mundo ocidental, e está a tentar usar as Nações Unidas e outras organizações, como a World Vision, para se instituir através do mundo. Para este fim, precisam de um constante fornecimento de questões e problemas sobre os quais seu exército de investigadores, políticos, burocratas, jornalistas e assistentes sociais vai trabalhar, frequentemente pagos pelos nossos impostos. Estes problemas e questões têm normalmente as características seguintes:

1.  Colocam a mulher, e possivelmente, as crianças no papel de vítimas;

2.  Colocam o homem no papel de vilão;

3.  Podem fazer o homem sentir-se culpado colocando-o na defensiva;

4.  Qualquer responsabilidade da parte da mulher é desvalorizada ou mesmo ignorada.

          Violação, abuso sexual de menores e violência doméstica (também conhecida por Violência Familiar) são três exemplos clássicos deste tipo de questões feministas. No que diz respeito à violação, feministas extremos usaram o slogan, “todos os homens são violadores”. (French, The Women’s Room, 1977) No que diz respeito ao abuso sexual, por vezes os “psicoterapeutas” (com pouca ou nenhuma formação) encorajam mulheres adultas a “recordar” o abuso sexual (normalmente cometido por homens) de que foram vítimas enquanto crianças, e que pretende servir de explicação para os desvios psicológicos actuais. Este é o chamado Síndroma da Falsa Memória. A histeria das feministas criou sobre este assunto uma espécie de caça às bruxas (normalmente contra os homens) numa tal extensão que os advogados do sexo masculino estão receosos de dar banho aos seus filhos com medo de que alguma ex-esposa se zangue e mais tarde o vá acusar em tribunal de abusar sexualmente de crianças. Mesmo sem qualquer prova, a simples acusação é frequentemente suficiente para que a tutela das crianças ou o direito de visita lhe seja retirado. Os homens têm sido também discriminados quando tentam empregos de educadores de infância ou professores de ensino básico devido a um medo infundado de que todos os homens são potenciais abusadores sexuais.

          O ponto de vista feminista sobre violência doméstica foca-se no homem abusador e na mulher vítima. Esta tendência alimenta-se em livros e filmes tais como “Once were warriors” um filme baseado numa novela sobre violência de um homem numa família Maori da Nova Zelândia. As mulheres Maori na Nova Zelândia rapidamente aceitaram esta ficção uma descrição realista da violência doméstica nas famílias do seu país, o que lhes inspirou uma espécie de ódio legítimo contra pessoas que, como eu, apresentam a violência doméstica de uma forma isenta. Algumas destas mulheres Maori chegaram a riscar o meu carro e a limitar a minha participação num evento subordinado ao tema “pais, famílias e o futuro” realizado na cidade neozelandesa de Wellington em Abril de 1999.

 

As mentiras sobre a violência doméstica

          Há principalmente cinco mentiras sobre violência doméstica nas quais as feministas insistem mais do que informam:

1.  Existe um síndroma chamado “síndroma das mulheres violentadas”;

2.  Os homens cometem mais violência doméstica que as mulheres;

3.  Os homens iniciam todos ou a maioria dos incidentes de violência doméstica;

4.  Os homens causam maiores danos às mulheres que as mulheres aos homens, e portanto, apenas os homens devem ser avisados ou condenados;

5.  Se um homem for acusado de violência doméstica, isto deverá ser razão para limitar o contacto com os seus filhos em caso de separação ou divórcio.

 

Síndroma das mulheres violentadas

O “síndroma das mulheres violentadas” teve origem no caso de Jennifer Patri em 1977. Os síndromas são conjuntos vagos de sintomas ou comportamentos que se prestam a manipulação política. O livro que primeiro popularizou e justificou esta noção é “ciência de cordel”.(The Battered Woman by Lenore Walker, New York: Harper Colophon Books, 1979) Isto pode ser atestado pelo seguinte excerto do artigo de revisão de Robert Sheaffer:

Todos nós ouvimos falar sobre o “síndroma das mulheres violentadas”, o qual originou este livro .... O síndroma das mulheres violentadas é, insatisfatório como trabalho sério e, completamente inaceitável como fundamento para lei de família. Primeiro, é completamente inútil, sem a verificação objectiva dos incidentes nele relatados, estes não são mais que boatos. Segundo, o livro nem sequer tem pretensões de ser objectivo, isto é, é apresentado o lado feminino e apenas este, quando é inegável que numa grande percentagem de casos, a mulher inicia a violência contra o homem. Terceiro, a definição extrapolada de “violentada” da Professora Walker, que inclui abuso verbal, nem sequer considera a questão do abuso verbal da mulher ao homem. Quarto, não há qualquer razão para acreditar que a amostra da Professora Walker de “síndroma das mulheres violentadas” seja uma amostra representativa, e mesmo que seja, não apresenta qualquer estatística que dê validade às suas conclusões. Na realidade, a maioria das suas conclusões são inteiramente desprovidas de factos, sendo simplesmente referidas ex cathedra.2

A Professora Walker (e a infeliz qualidade do seu trabalho ilustra quanto o titulo de “Professor” pode ser decepcionante) afirmou que havia um “síndroma” com o qual a vítima feminina de violência doméstica se tornou psicologicamente incapaz de abandonar a relação. Isto pode ou não ser verdade, contudo o seu trabalho não o provou. Karen Horney (Feminine psychology, Norton & company, New york,1993) descreveu previamente aquilo que pode ser chamado o “síndroma da mulher masoquista”, o que pode ser visto como uma via menos anti-masculina de descrever o mesmo fenómeno. E sem dúvida que é perfeitamente possível para uma pessoa, homem ou mulher, ser sujeita repetidamente a abuso físico e psicológico numa relação, e por vários factores sentir-se impedido de abandonar a mesma relação. Alguns destes factores podem incluir:

1.  Medo do que o(a) seu(sua) companheiro(a) possa fazer se abandonar a relação;

2.  Preocupação com os possíveis efeitos nas crianças;

3.  Medo de solidão;

4.  Preocupação com possíveis reacções de familiares e amigos;

5.  Relutância em deixar que detalhes sórdidos sua vida privada sejam julgados em público.

          Juntar isto tudo num “síndroma” e dar-lhe um nome do tipo “síndroma das mulheres violentadas” é uma maneira prática de criar um instrumento de atingir os homens, mas tem que ser visto como jogada política que é. Durante séculos, os homens reclamaram que as esposas eram chatas, mas actualmente os homens ocidentais estão praticamente proibidos de reclamar sobre as mulheres em público, porque de outro modo ainda poderemos talvez ouvir falar sobre o “síndroma dos maridos chateados”

          Alguns escritores feministas (por exemplo, Leibrich e col. 1995, Ferraro 1979, e Walker 1984) consideram o abuso psicológico mais difícil de suportar que o abuso físico. Um folheto oficial refere a proibição legal de exercer violência psicológica dizendo que “não é permitido a ninguém usar intimidação, ameaça, ou jogos mentais com o propósito de ferir ou controlar outra pessoa.”(3) No conceito feminista de violência doméstica, é sempre dada ênfase à presunção de que o homem é fisicamente superior. As feministas nunca mencionam quanto as mulheres geralmente são mais hábeis a usar armas verbais que os homens. Mas o livro Brain sex, de Anne Moir e David Jessel refere:

          As faculdades linguísticas relacionadas com o uso da gramática, ortografia e escrita, estão todas mais localizadas especificamente no lado esquerdo do cérebro no caso da mulher. No homem, estas faculdades, estão distribuídas na parte frontal e traseira do cérebro, e deste modo o homem precisa de um maior esforço para atingir a igualdade nestas faculdades. (pág. 45)

Também, Deborah Tannen (1990), no seu livro, You Just Don’t Understand, afirma que as mulheres usam a sua linguagem mais em contextos íntimos enquanto o homem o faz mais em contextos de grupo. Isto torna a mulher mais hábil para manipular verbalmente o homem do que o inverso.

Encontrei provas de que a mulher tende a utilizar a conversação como um fim em si próprio, enquanto o homem tende a falar apenas se houver uma razão específica para o fazer. Do mesmo modo, nas mulheres predominam ocupações de carácter humanístico e em assuntos centrados em estudos linguísticos. É também evidente que deste modo as mulheres são muito melhores a perceber as emoções na cara das pessoas e a entender a linguagem corporal que os homens, o que explica porque as mulheres são mais hábeis no abuso psicológico que o homem, especialmente no que concerne a ameaças e jogos mentais.

Na propaganda feminista sobre violência doméstica, a ênfase é colocada nas supostas acções do homem. A razão por que eles fazem o que fazem (se é que o fazem) nunca é mencionada. É como se a violência doméstica fosse a única actividade humana que ocorresse sem qualquer causa. De facto, claro, há frequentemente desvios de comportamento na “vítima” que provocam a violência em primeiro lugar. Estes comportamentos provocadores não são mais que um “síndroma” tal como o “síndroma das mulheres violentadas.” (Rod van Mechelen, Domestic Violence, 1994)

 

Quem comete a maior parte da violência?

As feministas extremas afirmam que o homem comete a maioria da violência, mas, como foi referido no início deste capítulo a evidência refuta esta controvérsia. Straus e Gelles (1986), por exemplo, provaram que homens e mulheres são iguais no que se refere a cometer violência doméstica. Moffitt, Caspi e Silva (1996) provaram o mesmo. Sewell e Sewell (1997), outro exemplo, publicaram um relatório estatístico que mostra que as mulheres são mesmo mais propensas à violência doméstica que o homem.(4)

As feministas falsificam e distorcem as estatísticas sobre violência doméstica e toda a gente precisa de saber que não se pode confiar na ética das investigações feministas. Em 1997, escrevi uma carta ao ministro que no meu país tutela a polícia, alegando, entre outras coisas, que o Ministério dos Assuntos Femininos levantou questões num questionário sobre violência familiar que são tendenciosas.(5) Devido a toda a inevidência da sua abordagem de mulher-vítima, as feministas investiram no sentido de tentar ocultar esta inevidência ou explicá-las de modo a que se ajustasse à sua necessidade política de preservar o status de vítima para a mulher. Um exemplo deste tipo de raciocínio feminista está em

www.vix.com/pub/men/battery/studies/lkates.html.

As escritoras feministas sobre violência doméstica desde Lenore Walker para a frente têm mencionado quantas mulheres acharam que o abuso psicológico era ainda pior que o abuso físico. Este ponto de vista é contemplado na própria legislação. Eis a parte inicial da definição legislativa de violência doméstica na Nova Zelândia:

SECÇÃO 3. SIGNIFICADO DE “VIOLÊNCIA DOMÉSTICA”

(1) Neste decreto, “violência doméstica”, em relação a qualquer pessoa, significa violência contra essa pessoa exercida por outra pessoa com a qual essa pessoa está, ou esteve, numa relação doméstica.

(2) Nesta situação, “violência” significa:

(a) Abuso físico;

(b) Abuso sexual;

(c) Abuso psicológico, incluindo, mas não limitado a:

(i) Intimidação;

(ii) Assédio;

(iii) Danificação de propriedade;

(iv) Ameaças de abuso físico, abuso sexual ou abuso psicológico;

(v)  Em relação a uma criança, abuso do tipo referido na subsecção (3) desta secção.

          Aqui está claro que não é preciso haver danos físicos, e assim está nas mãos da polícia e dos tribunais determinar a seriedade do alegado caso de violência doméstica, e qual o seguimento a dar ou condenação a aplicar.

          E em Inglaterra, de acordo o programa World TV da BBC no Domingo de 26 de Novembro de 1995, “violência doméstica” era (e provavelmente continua a ser) definida como violência exercida pelo homem contra a mulher (6). Assim uma mulher poderia fazer, de todo, qualquer coisa a um homem em Inglaterra, que legalmente era (ou é) impossível considerá-la “violência doméstica”. Isto demonstra porque é que não é particularmente útil apoiarmo-nos em definições legais em vigor em determinadas épocas em determinados lugares particulares. Isto mostra também como são tendenciosas as feministas que incentivaram este tipo de legislação em países ocidentais.

          Liz Kates (www.vix.com/pub/men/battery/studies/lkates.html) afirmou que o conceito feminista de abuso conjugal envolve um padrão e um dinamismo de comportamento onde 95% das vítimas são mulheres. Os factos não apoiam isto antes provam o preconceito dos investigadores que estão por trás. Além disso, Erin Pizzey (1997) tornou claro que a comunidade feminista segrega as mulheres partidárias da honestidade.

 

Ciência subjectiva?

A objectividade não é bem vinda. Qualquer um que tenha estudado história e filosofia da ciência e que tenha interesse em matérias científicas sabe que o desenvolvimento de uma hipótese e de uma teoria pode ser um processo altamente subjectivo. Demora normalmente muito tempo, muitas provas e muita argumentação entre teorias rivais até decidir o assunto. Apesar do facto de contar murros entre os intervenientes de uma processo de violência doméstica ser um processo razoavelmente objectivo, este rigor não é praticado pelas ideólogas feministas.

Esta prova e argumento pode ser sarcástico e descer ao nível dos ataques pessoais, mesmo em círculos científicos. Como o síndroma das mulheres violentadas é uma das armas estratégicas das feministas na guerra dos sexos, elas estão mais inclinadas para ele do que a maioria e a sua desistência é tão provável como as grandes potências desistirem das minas ou das armas nucleares. Quaisquer que sejam as descobertas dos investigadores, os desejos dos meios de comunicação social e dos políticos, de uma maneira geral, apenas dão atenção às descobertas fomentadas pelos grupos de pressão relevantes. E no que diz respeito aos grupos de pressão em guerra dos sexos, os masculinistas estão em grande desvantagem em relação aas feministas, que frequentemente gozam de suporte financeiro dos ministérios dos assuntos das mulheres, departamentos universitários de estudos sobre mulheres e outros deste género.

Assim, quando feministas, como Liz Kates, dizem que os homens não estão sujeitos a abuso sistemático por parte das suas esposas, falam mais por crença do que por conhecimento. As feministas não se interessam minimamente por homens que passam por experiências de violência doméstica (ou por outra coisa qualquer), deste modo não têm quaisquer dados nos quais possam basear as suas afirmações. Aqueles que examinarem a violência doméstica com objectividade, tais como Gelles, chegaram à conclusão de que os homens são de facto vitimas deste tipo de abuso, tal como as mulheres também são. O “síndroma” inclui tantos, ou mais, homens quando o factor sexo é ignorado e apenas os outros factores são considerados. Deste modo, é melhor para todos, se lidarmos com este assunto racional e honestamente em vez de utilizarmos todos os pretextos para provocar uma guerra de sexos. Só assim nos podemos unir na solução dos problemas que atingem grande parte das famílias.

 

Alguém dá protecção aos homens?

          Há uma aversão psicológica profundamente enraizada em ambos os sexos a tratar homens e mulheres do mesmo modo quando estão em confronto violento. Em parte, isto é o que se pode chamar “Aliança Diabólica Lésbico-Machista (ADLM)”. O machismo dos homens (por exemplo, polícias, psicólogos, advogados, juizes, etc.) fá-los querer proteger as mulheres dos homens, e o proteccionismo das feministas lésbicas (que são a fonte de poder do exército feminista para a guerra dos sexos) fá-las também querer proteger as mulheres dos homens.

          Gostaria de dar alguns exemplos do acabei de referir, porque isto é um problema bastante sério. Os meus exemplos vêem do lado machista da ADLM, mas o mesmo raciocínio aplicam-se igualmente bem ao lado lésbico do fenómeno. No dia 19 de Novembro de 1999, fui visitar J. J. Taylor, do Quartel Geral de Polícia de Prevenção da Violência Familiar, em Wellington (Nova Zelândia). Pedi para falar com o próprio comissário, mas fui informado que Taylor era a pessoa mais apropriada para o assunto que eu queria discutir.

          A razão porque decidi falar com a polícia sobre este assunto (eu trabalhei no mesmo edifício que alojou o quartel nacional da polícia durante 12 anos) foi porque eu acabava de analisar a bibliografia de Fiebert. Em resumo esta bibliografia declara:

          Esta bibliografia examina 95 investigações fundamentadas, 79 estudos empíricos e 16 trabalhos de revisão e/ou análise, que demonstram que a mulher é fisicamente agressiva, ou mais agressiva, que o homem na sua relação com o marido ou companheiro. A dimensão da amostra dos estudos revistos excede os 60 mil. (www.csulb.edu/~mfiebert/assault.htm)

Equipado e protegido com esta evidência de que as feministas estavam a mentir sobre a violência doméstica, consegui uma reunião. Pelo telefone concordou que havia uma disparidade entre o que dizia uma investigação fundamentada sobre a acção de homens e mulheres em violência doméstica, e aquilo que diziam os meios de comunicação. Mas mudou o seu discurso quando nos encontrámos.

          Na própria reunião, que foi realizada no próprio bar (aparentemente vazio) mais que na sala de reuniões, virou a casaca dando crédito à explicação típica das feministas para as discrepâncias acima mencionadas. Entreguei-lhe em mão uma cópia da bibliografia de Fiebert, e então falou ...  sobre seis assaltos na localidade. Eu fui vítima nos últimos 12 anos de três mulheres, exactamente 4 pisos abaixo do local onde estávamos sentados (não mencionei o assédio sexual e a intimidação que sofri além destas nítidas agressões). Entretanto, ele tapou a boca com a mão como se estivesse a disfarçar um sorriso. De facto a expressão dos seus olhos sugeria que estava a sorrir! Devo admitir que a minha reacção instintiva também foi sorrir quando pela primeira vez ouvi falar de agressões de mulheres a homens (a ADLM novamente!), mas foi significativo ver esta reacção de alguém da sua posição no campo da violência doméstica.

          Então perguntou-me se toda a pesquisa que tenho feito mostra que a mulher e o homem se agridem igualmente, e eu respondi que nem todos. Recordei-lhe, em particular, um efectuado em 1996, na Nova Zelândia, efectuado por uma comissão na qual estava representado, por alguns membros o Ministério dos Assuntos das Mulheres e outras instituições governamentais. Mostrei que o questionário feito por esta comissão estava viciado, possivelmente por iniciativa dos membros do Ministério dos Assuntos das Mulheres, para tornar aparente que os homens agrediam as mulheres com maior frequência que o contrário. No entanto, Taylor não conseguiu perceber que as questões eram tendenciosas. O questionário não pergunta simplesmente às mulheres se:

1.  O seu cônjuge, alguma vez até agora, usou a força ou violência contra si, dando-lhe pontapés, empurrões, murros ou golpes com algum instrumento; ou

2.  O seu cônjuge, alguma vez ameaçou usar força ou alguma forma de violência contra si, tais como ameaças de pontapés, de empurrões ou de murros; ou

3.  O seu cônjuge alguma vez, de forma propositada destruiu ou ameaçou destruir os seus haveres.

Em vez destas questões directas, o questionário perguntava se:

1.  O seu cônjuge, alguma vez até agora, usou a força ou violência contra si, dando-lhe pontapés, empurrões, murros ou golpes com algum instrumento de modo a ter-lhe causado ferimentos; ou

2.  O seu cônjuge, alguma vez ameaçou usar força ou alguma forma de violência contra si, tais como ameaças de pontapés, de empurrões ou de murros, de modo a causar-lhe medo; ou

3.  O seu cônjuge alguma vez, de forma propositada destruiu ou ameaçou destruir os seus haveres, de modo a causar-lhe medo.

A tendenciosidade destas questões é imediatamente óbvia, visto que os homens são educados para desvalorizar a sensação de medo e para serem relativamente insensíveis à dor. Isto foi confirmado pelos dados obtidos, que mostraram que 50,5% das mulheres, em comparação com apenas 31,4% dos homens, afirmou ter sentido medo após ter sofrido um ataque violento. Deste modo os resultados deste inquérito são inúteis, como meio de comparação da violência doméstica exercida pela mulher com a violência doméstica exercida pelo homem. Não vejo outra razão para as questões terem sido estruturadas desta maneira, excepto para tornar aparente que as mulheres são mais frequentemente vítimas de violência por parte dos homens do que o contrário.

          Então Taylor mencionou outro inquérito relevante realizado na Nova Zelândia sobre este tópico, com o título “Descobertas Sobre Violência Conjugal” de Moffitt, Caspi e Silva (1996), que apresenta o mesmo resultado que outros estudos efectuados noutros países, isto é, que as mulheres agridem os homens pelo menos na mesma proporção que os homens agridem as mulheres.

          No entanto, as feministas não se deixam vencer por meros factos, e isto foi o que o chefe Taylor argumentou com o seu discurso. Não consigo citá-lo exactamente nas suas palavras, mas o que disse foi mais ou menos que não podemos limitar-nos a contar “murros”, e que num caso referido por Moffit, a mulher deu um pontapé no homem porque ele a agarrou pelo colarinho. Como consequência ela, claro, agiu em defesa própria. Perguntei a Taylor porque é que o homem agarrou a mulher pelo colarinho, mas ele limitou-se a responder, “porque estava a atacá-la!”

          Isto é exactamente o que chamo ADLM, feministas e agentes de polícia como Taylor vão na corrente apenas para poderem constatar, para a sua satisfação, que a mulher é parte inocente em quaisquer circunstâncias.

          Recordei este pequeno diálogo entre min e o chefe Taylor ao próprio chefe Taylor, e acusei-o de ser tendencioso contra os homens, que respondeu que o deveria citar. Depois acusou-me de o citar fora de contexto, o que era absurdo visto que continuávamos no mesmo contexto! Propus então rever o diálogo, de modo a dar-lhe a possibilidade de clarificar o que queria realmente dizer, mas recusou. Apenas acrescentou, para meu espanto, que este tipo de parcialidade, num tribunal, nunca teria possibilidade de terminar com prejuízo do homem. Isto é exactamente o que eu estou certo que acontece inúmeras vezes com inúmeros homens em todos os países de cultura ocidental. Apenas uma rara combinação de cliente e advogado conseguirão por a nu esta tendenciosidade num julgamento.

          Estou absolutamente consternado, apesar de me sentir realizado, porque encontrei exactamente as mesmas alegações feministas tendenciosas na polícia, que já conhecia da teoria, obtidas directamente de um chefe da polícia do país onde eu vivo! Alguns meses mais tarde, após a publicação deste incidente, ouvi de um juiz que o chefe Taylor se demitiu da posição que tinha quando o entrevistei.

 

Lésbicas na moda

É inegável que algumas feministas não são lésbicas, particularmente agora que o feminismo é tão vulgar nas sociedades ocidentais. Mas as feministas lésbicas continuam a ser o pilar da aversão ao homem (misandria), e frequentemente trabalham nos bastidores, deixando as feministas heterossexuais e fotogénicas aparecer na ribalta. É importante não ser ingénuo neste ponto, porque há feministas suficientemente inteligentes para escolherem a porta-voz certa para as suas relações públicas. Mas será de uma grande ingenuidade pensar que as lésbicas desapareceram de algum modo ou que foram expulsas numa espécie de golpe palaciano.

Não é minha intenção atacar o lesbianismo como forma de vida. Também muitos homens dos movimentos de homens ou de pais são, presentemente, homofóbicos. No entanto, a minha intenção aqui é pôr a nu parte da história psicológica do feminismo. As lésbicas são sujeitas a perseguição, mas também usam esta perseguição como forma de cativar simpatia das comunidades consideradas politicamente correctas, tais como burocracias ocidentais, enquanto avançam com o propósito de delinear legislação anti-masculina. Há uma diferença entre atacar o que as lésbicas fazem na vida privada e atacar o que fazem na política.

Tenho ouvido falar de lésbicas que não são contra os homens e não têm nada a ver com feminismo extremo. Tenho ouvido falar também de mulheres heterossexuais que odeiam ferozmente os homens, e que o demonstram todos os fins de semana quando saem para ter relações sexuais com quantos homens encontram e depois voltam para as suas reuniões feministas durante a semana, onde se queixam e se lamentam de quanto foram abusadas e oprimidas por homens sem escrúpulos.

          Não posso falar como alguém com grande experiência, mas sou um céptico. Talvez estas lésbicas não admitam os seus verdadeiros sentimentos sobre os homens, e talvez estas mulheres “heterossexuais” não sejam verdadeiramente heterossexuais. Também o seu comportamento não parece genuinamente heterossexual. É importante recordar que não podemos dividir as pessoas entre “homossexual” ou “heterossexual”, porque cada uma destas tendências está latente em cada um de nós. Se uma pessoa dorme com outra de sexo oposto mas participa em reuniões de abominação do sexo oposto, serão inteiramente capazes de ter um relacionamento satisfatório com o sexo oposto? Ou será isto um estilo de demonstração de intelectualidade que está na moda? Ser-se lésbica e odiar homens está na moda em algumas partes do mundo ocidental.

          Certamente ajusta-se aos interesse das lésbicas serem feministas. É de lésbicas que eu já recebi algumas das piores intimidações físicas, discriminação de pontos de vista em favor dos homens, e as reacções mais extremas contra afirmações anti-feministas. Se soubermos que uma apresentadora televisiva de notícias é lésbica, por exemplo, é garantido que ela será tendenciosa contra os assuntos masculinos. Se for meramente feminista heterossexual, a probabilidade de ser tendenciosa em desfavor dos homens é significativamente reduzida.

 

Ser preso por ter cão e preso por não ter cão

          O resultado do poder dos grupos de pressão feminista e a ADLM está a colocar os homens, todos os homens heterossexuais, numa situação de serem presos por ter cão e presos por não ter cão. Se uma esposa ou companheira abusa física ou psicológicamente de um homem, este está impossibilitado de retaliar. Se retalia, a ADLM leva-o a julgamento e condena-o, o tribunal de família impede-o de contactar com a esposa, dá-lhe a tutela dos seus filhos, limita-lhe o acesso aos seus filhos e dá à esposa todo o direito de viver na casa da família. Assim se a intervenção de terceiros não for possível ou não for bem sucedida, ao homem resta arcar com a acusação de abuso ou deixar a relação, em detrimento dos seus filhos, do seu próprio equilíbrio emocional e provavelmente do seu padrão de vida. Se alguma coisa é um síndroma, esta situação é de certeza.

          Para dar alguns exemplos concretos, eu conheço um homem cujos óculos já foram partidos pela sua mulher, tendo este telefonado à polícia a pedir ajuda. O polícia perguntou se ela lhe “bateu” ou se lhe “deu um murro”. O queixoso recusou responder porque não sabia a diferença entre “bater” e “dar murros”. O agente insistiu em obter uma resposta e como a resposta tardou desligou o telefone. No actual clima político dos países ocidentais, é inconcebível que a polícia trate os homens deste modo, desprovendo-os de direitos nestas situações para dar total cobertura às atitudes das mulheres.

          Uma pessoa conhecida falou-me de outro incidente quando, após uma disputa doméstica, a polícia interrogou o homem e a sua esposa na sua casa. A mulher disse que o marido lhe havia batido o que a polícia escreveu correctamente no seu caderno de apontamentos, mas quando o marido disse que a mulher lhe tinha batido a polícia não escreveu nada.

          Um último exemplo: Um anúncio intitulado “A violência familiar é um crime”, e autorizado pelo presidente de uma instituição policial, foi publicado num jornal diário(7). este anúncio apresentava imagens de mulheres e crianças como vítimas deste crime, e omitia a possibilidade de também os homens poderem ser vítimas de violência familiar. Não é apenas um anúncio sexista em toda a sua plenitude, mas também é também um testemunho terrível de como os homens têm poucas possibilidades de serem tratados com razoabilidade pelo sistema de justiça. A polícia não tem possibilidade de reduzir problemas de violência doméstica enquanto insistir em arremessar o homem a um canto e tratá-lo como culpado até prova em contrário.

          Por exemplo, na Nova Zelândia há uma organização chamada “Apoio à Vítima” que, como o nome faz supor, apoia vítimas de crimes. Uma mulher atacou um homem por repetidamente fazer chiar ruidosamente os pneus do seu carro na rua em frente da sua casa. Atirou-lhe objectos acima e ameaçou-o com um pau. Ainda que, tenha sido a mulher a agredir o homem, a policia interveio colocando-se do seu lado e “Apoio à Vítima” apareceu a oferecer-lhe apoio psicológico à família. No entanto, quando eu fui agredido em frente a um supermercado na mesma cidade, os meus óculos foram partidos de modo que eu fiquei com golpes que tiveram que ser suturados. A “Apoio à Vítima” apareceu? Não. Evidentemente, estas organizações funcionam de acordo com a regra (não escrita) de que apenas as mulheres são vítimas e os homens que se cuidem a si próprios.

          Muitos homens sabem que não vale a pena chamar a polícia, porque eles põem-se automaticamente do lado da mulher. Esta é a razão porque também não vale a pena usar as estatísticas policiais como medida da violência doméstica exercida pela mulher contra o homem, como um ministro da justiça (Sir Douglas Graham) fez quando uma delegação da Associação Neozelandesa para a Igualdade de Direitos do Homem se reuniu com ele em 1998.

          Sir Douglas Graham foi arrogante na sua legislação de inspiração feminista sobre violência doméstica e manteve a posição de que não era estúpido (devo esclarecer que eu tenho a fama de pensar que as feministas são estúpidas). Assim eu fiz-lhe reparar que ele se contradizia a si próprio baseando na sua noção de relativa culpabilidade do homem e da mulher na violência doméstica com base em números por um lado, enquanto afirmava que não era estúpido por outro! Quando lhe expliquei ele concordou. Estou certo, no entanto, que os seus conselheiras feministas se asseguraram que ele não iria fazer nada com base no passageiro rasgo de inteligência desse dia.

          A minha impressão sobre quanto feminista é o seu ministério tem a ver com incidentes tais como os seguintes. O seu Ministério da Justiça planeou fazer a seguinte série de estudos sobre violência doméstica:

1.  Homens falando sobre violência contra as suas companheiras;

2.  Mulheres falando sobre violência contra os seus companheiros;

3.  Pessoas falando sobre violência contra os seus companheiros do mesmo sexo.

Mas apenas fizeram o primeiro, Hitting Home. A razão oficial foi a falta de verba. Isto parece suspeito dado o volume de projectos que havia para este mesmo assunto. Porque não incidir na violência feminina para variar? Porque as jornalistas feministas fecham-se em pesquisas compatíveis e transformam-no em títulos de jornal e documentários, que os políticas feministas usam posteriormente para incentivar a produção de legislação feminista no parlamento. Estou certo de que as feministas do ministério da justiça pararam o segundo e terceiro estudo porque não quiseram anular o impacto político do primeiro, um relatório anti-masculino ser completamente aniquilado pela publicidade sobre o facto de que as mulheres (incluindo as lésbicas) cometem violência doméstica. Veja-se o exemplo da seguinte página de internet: “Bibliografia sobre violência doméstica entre casais do mesmo sexo” www.xq.com/cuav/dvbibl.htm

Esta tendenciosidade da ADLM é também um problema em países do Terceiro Mundo, como por exemplo, a Índia, como pode ser visto na produção de “Crimes indianos das mulheres contra os homens” (Akhil Bharatiya Patni Virodhimorcha), que descobriu após o suicídio, em 1988, de Naresh Anand, que este foi incapaz de suportar a tortura física e psicológica infligida pela sua esposa. Naresh Anand deixou uma carta suplicando à polícia que formá-se um departamento para tratar de casos de maridos maltratados, na mesma linha do já existente Departamento de Crimes Contra a Mulher.

Todas estas necessidades devem estar presentes na mente quando lemos o excerto seguinte do email de Liz Kate (no endereço electrónico acima mencionado):

“Quem é [ao telefona]?” pergunta ele.

Ela ignora-o, murmura “Já vou...”

“Dá-me o telefone!” grita ele. “Quem era ?!”

“Uma pessoa do emprego.”

Ele marca o número de retorno. Não é. “és uma puta ranhosa e mentirosa,” ele grita, puxa o telefone, e atira-o contra a parede. “DIZ-ME JÁ QUEM ERA O CABRÃO,”Grita e avança para ela. Agarra um pequeno vaso de Buda que a sua avó lhe tinha oferecido e levanta-o.

“Nãããoo, dá-me isso!” suplica ela.

“QUEM ERA O CABRÃO QUE ESTAVA AO TELEFONE!!!”

Ela agarrou-lhe o braço para salvar o vaso, e ele segurou-o alto fora do seu alcance.

[Ela iniciou a violência de acordo com o princípio de que tocou primeiro.]

Quebra, o vaso esmigalhou-se em milhares de pequenos cacos. “Seu porco,” murmurou ela, baixinho.

“QUE DISSES-TE!!! REPETE, PUTA!!!” Gritou ele.

Ela agachou-se no chão, tentando juntar os cacos do vaso. Ele agarrou-a pelo braço, colocando-a de pé. Ela puxou o braço, e à medida que ele se aproximava dela novamente, empurrou-lhe o seu antebraço para longe de si.

[Balanço do conflito: uma agarra para cada um, e um empurrão para ela.]

“QUERO SABER QUEM ESTAVA AO TELEFONE!” grita ele junto da sua cara à medida que ela recua.

“Ninguém...”

[Balanço do conflito: dois a dois. Nada mais que uma luta igual... até agora...]

          Aqui parece apropriado usar as próprias palavras de Liz Kates: “barulho, e pouco mais que barulho” para classificar os dados do conflito acima (presumidamente real). O que ela está aqui a tentar dizer é que contar murros não dá uma imagem real do conflito. Concordo. Mas se ela está a tentar (como eu penso que está) representar esta mulher como indefesa, vitima inocente do abuso masculino, então isto mostra como as feministas misandristas são peritas em apresentar só um lado da violência doméstica.

          É nítido que este homem foi sujeito, provavelmente por um período longo, a um severo abuso psicológico por parte da sua mulher. Ela mentiu-lhe categoricamente, o que constitui uma das formas mais extrema de abuso psicológico exercidas numa relação. Ela fez-lhe qualquer coisa que o feriu tremendamente, tal como ter cometido adultério ou fazendo o seu melhor para lhe dar a impressão que o tinha cometido.

          Durante muito tempo, isto seria suficiente para tornar um homem perturbado, descontrolado ou mesmo psiquicamente perturbado. O abuso psicológico infligido pela mulher implicou o confronto já que se ele chamasse a polícia seria ele próprio, e só ele, que seria condenado. Inclusive, tenho uma grande evidência de casos em que homens que reclamaram que a sua companheira os atacou foram interrogados num processo como se eles próprios infligissem violência doméstica à mulher! Isto mostra como é critica a questão da interpretação, e como os homens são impotentes em processos políticos ou legais no Ocidente. Murray A. Straus (1977), respondendo ao criticismo feminista ao Balanço do Conflito, aprovadoramente citou Gelles da seguinte forma:

          Enquanto aceitarmos como verdadeiro que homens e mulheres se violentam um ao outro em partes iguais, não podemos afirmar sem provas que: 1) a mulher é seriamente lesada sete vezes mais que o homem; e 2) que a mulher é assassinada pelo companheiro duas vezes mais que o homem.

          Primeiro devemos reparar que é obviamente redundante o facto desagradável às feministas de que os homens e as mulheres se violentam igualmente. Apenas se esperarmos que um homem provocado se deixe ficar com a sua provocação, é que consideramos estes dois pontos relevantes, mas ponham-se no lugar do homem para não se defenderem. Poderemos nós esperar, dentro da razoabilidade,  que um homem se deixe lesar por uma mulher enfurecida, apenas porque ela pode ser (em alguns casos) fisicamente mais fraca? Os homens não têm o direito de se defenderem, também? O que é aconteceu à noção de igualdade?

          O facto de que a mulher é mais propensa a ser assassinada que o homem em casos de violência doméstica precisa de ser investigado em detalhe e tratado como assunto sério, não como uma questão sexual, mas como uma questão social. Além disso, só ignorando a idade da vítima é que não vemos que muitas crianças do sexo masculino são assassinadas pela suas mães. (É uma triste verdade que quando o factor idade é excluído há aproximadamente tantos homens como mulheres a cometerem homicídios domésticos nos Estados Unidos (ver capítulo 5).

          Os números e as proporções actuais variam, obviamente, de país para país, mas é interessante ler as estatísticas do “Recentes Estatísticas sobre assassínios entre cônjuges nos Estados Unidos” na página da internet: (www.kidpower.org/stats/stats2.html). Apesar de mais maridos serem condenados por assassinarem as esposas do que o contrário (156 esposas condenadas contra 275 maridos), isto pode bem representar a tendência anti-masculina do sistema judicial (ver capítulo 6), visto que:

1.  a sentença média para o assassinato da esposa (excluindo a pena de morte e a prisão perpétua) é de 16,5 anos para os homens e apenas 6 anos para as mulheres;

2.  94% dos maridos, contra apenas 81% das esposas, são condenados a prisão ao serem culpados de assassinato do respectivo cônjuge;

3.  “Provocação da vítima” serve de atenuação em 44% de mulheres condenadas, mas apenas a 10% de maridos. Isto não significa que os maridos não sejam provocados, significa apenas que a ADLM torna mais difícil ao homem alegar que foi provocado.

Quem inicia a Violência Doméstica?

          De acordo com Straus and Kantor (1994), as esposas cometem mais agressões ligeiros e graves que os homens. Isto pode mudar, contudo: Como as mulheres se tornaram mais confiantes que o sistema legal dos países ocidentais lhes permite iniciar a violência doméstica, conseguindo que o seu marido seja condenado por retaliar, conseguem apoderar-se da casa da família, da tutela dos filhos e, ainda, de benefícios do estado. Acresce a isto que o pai fica com o acesso aos seus filhos severamente limitado devido ao seu registo de violência doméstica. Nestas condições devemos esperar logicamente que mais e mais mulheres vejam as vantagens óbvias em provocar e violentar os seus maridos, e mais e mais homens acabem solitários, destituídos e desesperados. Se estes homens se tornarem violentos contra as suas esposas ou contra si próprios, isto é apenas natural em face desta opressão legalizada. Então que deverá a polícia fazer?

          A polícia deverá investigar a Violência Doméstica como qualquer outro crime, descobrir quem começou e só depois passar à admoestação ou punição dessa pessoa. Actualmente, a polícia em alguns países têm instruções para punir automaticamente o homem, porque lhes disseram que toda a situação abusiva parte do homem e alguma violência da mulher é simples retaliação ao abuso do homem, e os homens são supostos serem capazes de infligirem mais danos que as mulheres.

          King County (no estado de Washington) é um dos municípios mais pró-feministas dos Estados Unidos. Em 1987 ou 1988, foi aprovada legislação que pedia à polícia que prendesse o instigador de qualquer pedido de ajuda em violência doméstica. Imediatamente a taxa de prisão para as mulheres subiu em flecha. As feministas entrincheiraram-se e conseguiram que a regra fosse mudada, e agora pedem a prisão do homem, porque os homens supostamente são maiores e fazem mais danos e ameaças do que a mulher. (Ignoram que algumas mulheres são maiores que os seus maridos.) Esta generalização deverá ser classificada de sexista porque discrimina a mulher, mas como serve a mulher, ninguém se importa.

          Os homens que sejam alvo de violência por parte das esposas são tratados com desprezo ou troça, deste modo eles sabem que só podem confiar na sua própria força em disputas domésticas, porque a polícia estará sempre do lado da mulher. Na Nova Zelândia, por exemplo, há três tipos de ofensas pelas quais o homem pode ser castigado:

1. Agressão simples;

2. Agressão a uma mulher;

3. Agressão grave.

          Um homem condenado por “agressão a uma mulher” está sujeito a uma condenação máxima superior que outro que seja condenado por agressão simples. Isto é um sinal evidente a todos os homens e mulheres de que o sistema legal é sexista e opera com duplo critério anti-masculino.

 

          Qual a relevância da violência doméstica no tribunal de família?

          Um registo de violência doméstica contra um companheiro (isto é, violência entre adultos) não deverá ser tido em conta quando se decidem questões de tutela ou de visitas de crianças, porque não é relevante. Isto é também uma discriminação contra a possibilidade de os pais poderem ter a tutela ou a visita dos seus filhos porque a polícia, como vimos, é tendenciosa contra o homem. De facto, a violência doméstica poderia mesmo ter ocorrido quando o pai suspeitou que a sua esposa ou ex-esposa negligenciou ou agrediu os seus filhos mas tem falta de provas para apresentar em tribunal. Ele pode argumentar que os filhos não estão bem cuidados, são niglegenciados, etc., mas as crianças podem ter medo das consequências de dizerem o que as suas mães fazem. Se ele defende as crianças dela, arrisca-se a perdê-las aos cuidados inadequados da mãe, que foi a fonte de todos os problemas!

 

Conclusão

A linha feminista sobre violência doméstica é a política oficial em muitos países. Como uma trabalhadora de um abrigo para mulheres escreveu num jornal neozelandês de distribuição gratuita (Contact, 22 de Julho de 1999), falando sobre as mudanças que observou durante os passados 15 anos:

          Uma das principais coisas que me impressionou foi que a atitude da polícia tem vindo a melhorar. O nosso trabalho é conhecido e várias agências estão a trabalhar em conjunto.

Uma característica da posição feminista sobre violência doméstica é que as mulheres estão sempre do lado certo, não importa o que façam:

1.  Os homens que agridam as suas esposas são supostos tê-lo feito sem provocação nem qualquer razão, e portanto, sem desculpa. Esta questão nunca foi levantada pelas feministas.

2.  As mulheres são supostas nunca agredirem os seus maridos  (a questão nem nunca é levantada espontaneamente pelas feministas), ou se os agridem, as feministas (quando as feministas se vêm forçadas a admitir que as mulheres o fizeram) dizem que o fizeram justificadamente

3.  Quando as feministas admitem que os homens são também agredidos pelas mulheres, afirmam que foi por a mulher sofrer do “síndroma” do abuso doméstico. Por outras palavras, às mulheres é permitido usar a desculpa de um “síndroma” como forma de defesa quando assassinam os seus maridos.

4.  Quando uma mulher assassina um familiar masculino, há normalmente desculpa ou justificação (por exemplo, violência doméstica pelo homem nas suas vidas).

5.  Quando um homem assassina uma familiar, não lhe é permitido dizer que um comportamento de uma mulher é factor justificativo.

6.  Quando uma mulher assassina o seu marido, a causa é frequentemente suposta dever-se a violência doméstica, mas quando um homem assassina a sua esposa, este assassínio é suposto dever-se a violência doméstica instantânea.

Homens e mulheres de bom senso devem lutar juntos contra esta discriminação. As feminista têm trabalhado avidamente para que todas as mulheres sejam tratadas como vitimas inocentes, não importando o que façam, e todos os homens tratados como criminosos, não importando se estão inocentes.

          As tendências anti-masculinas não só infectam a polícia, mas são particularmente fortes nos meios de comunicação social, que por sua vez as passam a toda a sociedade ocidental. Por exemplo, houve uma carta à revista TIMEä, publicada em 20 de Janeiro de 1997, em que Richard M. Riffe, advogado de acusação da comarca de Boone, Madison, West Virginia, reclama sobre o modo tendencioso em que a TIMEä descreveu um caso envolvendo uma mulher que assassinou o seu marido.(9)

          No que diz respeito às atitudes publicas, eis aqui dois exemplos:

1.  Um anúncio de jornal para um espectáculo de teatro intitulado “Full Marx” citou uma revisão do espectáculo por um Ralph McAllister, que terminou com as palavras, “pegue na sua família, sove o seu marido, traga mesmo o cão, mas assegure-se que assiste ao Full Marx!” (10)

2.  Uma banda desenhada (em francês) a qual o principal pessoal feminino do departamento de línguas de uma escola achava apropriado lançar em 1990. Esta banda desenhada contava a história de uma mulher que atirava o prato do pequeno almoço ao seu marido e depois deixava-o estendido no solo como se fosse preguiçoso e tivesse pedido o pequeno almoço na cama. Isto é violência doméstica, mas porque foi cometida por uma mulher, não só foi considerada inócua, como alguns professores até aplaudiram com comentários de, “muito boa!” e “serviu-lhe de lição!”(em francês).(11)

 

banda desenhada

 

Gostaria também de brevemente levantar a questão da TPM (tensão Pré-Menstrual), ou SPM (Síndroma Pré-Menstrual). O papel da TPM na violência doméstica precisa de ser investigado. Será um pouco irónico, mas nalgumas das sociedades tipicamente modernas, se a TPM for (o que é bem possível) a maior causa de abuso físico e psicológico dos homens pelas mulheres, isto leva a que os homens sejam presos devido à tendenciosidade da ADLM no sistema.

Precisamos também de investigar a relação de poder. Quais são as consequências disto para o poder relativo do homem e da mulher numa relação, se a mulher pode dizer e fazer o que lhe apetece, com a consciência tranquila de que se acontecer o pior dos piores, ela fica com as crianças, uma pensão de alimentos, e pelo menos metade dos bens comuns, enquanto o homem fica com o acesso restringido às crianças ou de todo impossibilitado de qualquer contacto, com a condenação do tribunal e encargos com pensão de alimentos? Esta a situação de base no relacionamento dos casais heterossexuais nas sociedades modernas ocidentais.

          O homem tem que ceder à mulher, abandonar a relação ou correr o risco de o pior se tornar uma realidade. A taxa de divórcio nos Estados Unidos em 1988 era a quarta maior do mundo, de acordo com as estatísticas das Nações Unidas. Foi feito um estudo neste país que revelou que os casamentos mais duradouros eram aqueles em que o marido se comportava como joguete da esposa! Assim a campanha das feministas extremas sobre violência doméstica pode ser vista como um instrumento para substituir o sistema social baseado na família nuclear, por uma sociedade matriarcal constituída por mães solitárias e crianças sem pai.

Para saber mais sobre este assunto, ver “O Florescimento do Fascismo Feminino”, de Cassandra Hewitt-Reid, no portal:  www.freeradical.co.nz/content/37/37hewittreid.html

 

Prefácio à edição portuguesa

Prefácio

Introdução: O que é o feminismo?

1 – Narcisismo feminista e poder político   

2 – Circuncisão versus opção

3 – A educação mentirosa

4 – Mentiras, danadas mentiras e as estatísticas das Nações Unidas 

5 – Questões de emprego e a mentira de que “as mulheres podem fazer qualquer coisa”

6 – Acusações falsas e a mentira do abuso das crianças  

7 – As mentiras da violência doméstica; o homem num beco sem saída

8 – A Mentira do sistema judicial masculino

9 – Aborto e direito de optar

10 -- Violação: ter a faca e o queijo na mão

11 – Linguagem sexista: pensará satanás que é homem?

12 – A mentira da igualdade

13 – Endoutucação pelo complexo meios de comunicação social / universidade

14 – A fraude do domínio masculino

15 – Manifestações do feminismo

Notas

Bibliografia

Fontes na Internet

FAQ

Webmaster

Peter Douglas Zohrab

Latest Update

19 June 2015

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